
Chá de Cáscara Sagrada: benefícios e contra-indicações
A cáscara sagrada (Rhamnus Purshiana) é uma planta medicinal, originária da América do Norte. É uma planta bastante amarga e irritante, devido à presença de antraquinonas, umas substâncias que aumentam as secreções digestivas e os movimentos peristálticos do estômago e do intestino, ajudando na evacuação.
O chá de cáscara sagrada ajuda na eliminação de substâncias presentes no organismo, que não são úteis, como os parasitas gastrointestinais e na redução da absorção de calorias, sendo por vezes recomendado para emagrecer e diminuir o volume da cintura. Mas nem tudo são benefícios, se for tomado por mais de 2 semanas, pode ocorrer problemas cardíacos e musculares devido à perda de potássio. Continue a ler para ficar a conhecer todas as propriedades desta planta medicinal.
Benefícios da Cáscara Sagrada para a saúde
O chá de cáscara sagrada tem imensas propriedades medicinais. É muito usada como laxante para tratar a prisão de ventre e a indigestão em geral. Os seus principais ingredientes ativos ─ glicosídeos antraquinônicos─ são responsáveis pelo efeito purgante e propriedades laxantes, que aceleram o trânsito intestinal devido ao aumento da motilidade intestinal.
É utilizado como laxante há mais de 100 anos, sendo indicado para quem sofre de obstipação crónica, problemas de indigestão, hemorroidas, flatulência, dispepsia, herpes, obstipação, cálculos biliares, icterícia e obesidade.
Embora possa ser considerado um dos melhores laxantes, não é conveniente abusar do consumo do chá de cáscara sagrada, pois além dos benefícios existem contra indicações. A ingestão deve ser feita somente sob controle médico.
Contra-indicações do chá de cáscara sagrada
O uso habitual de qualquer planta medicinal com propriedades laxativas pode levar à obstipação crónica, pois pode danificar as terminações nervosas do intestino grosso, alterando o funcionamento do cólon. O intestino habitua-se aos efeitos do chá laxante e, na sua ausência, torna-se preguiçoso, sendo depois muito difícil fazer uma evacuação fisiológica normal.
Este chá não deve ser ingerido por pessoas que sofrem de dores abdominais, diarreia, náuseas, obstrução intestinal, vómitos, apendicite, inflamações do cólon. O uso prolongado pode causar efeitos colaterais mais graves, incluindo desidratação, baixos níveis de potássio, sódio, cloreto e outros “eletrólitos” no sangue; problemas cardíacos, fraqueza muscular entre outros.
O uso deste laxante não é recomendado na amamentação, porque os ingredientes ativos da cáscara sagrada podem chegar ao leite materno e, portanto, pode causar diarréia no bebé. Também não é recomendado durante a gravidez, porque os componentes antraquinónicos produzem contração do músculo uterino que pode resultar em aborto espontâneo.
Além disso, o uso do chá de cáscara sagrada está contra indicado para tratar a obstipação nos seguintes casos: crianças menores de 6 anos de idade, obstrução intestinal, menstruação, doenças inflamatórias intestinais ou uterinas, cistite, hemorróidas, insuficiência hepática, renal ou cardíaca, tratamento com cardiotónicos.
Apesar deste chá não viciar o organismo, ele deve ser ingerido de forma prudente e após a consulta de um médico. Embora seja um dos melhores laxantes o tratamento não deve exceder os 8 a 10 dias para não criar habituação e a possibilidade de desenvolver obstipação crónica.
Modo de preparação do chá
O mais eficaz é a maceração ou extração em frio: deite 1 colher de chá de cáscara sagrada num 1/4 l de água fria e deixe em repouso 12 horas. Mexa de vez em quando. Passado este tempo, coe e beba 1 chávena, de preferência na hora de dormir.
A infusão de chá é mais rápida, mas não tão eficaz: junte 1 colher de chá de cáscara sagrada com a 1/4 l de água fervida, deixe reposar 15 min. Coe e beba 1-2 chávenas de chá por dia.
Se preferir pode acrescentar, umas gotas de sumo de limão, açúcar ou um pouco de mel.
Devido à sua natureza laxativa purgativa e devido à irritação causada na mucosa intestinal, o tratamento com o chá de cáscara sagrada deve ser realizado exclusivamente por um curto período de tempo, não é aconselhável prolongar o tratamento por mais de uma ou duas semanas e é recomendado ser feito sob controle médico.